PASSE
Sob a forma do passe, o magnetismo é, hoje, largamente utilizado, principalmente nas casas espíritas. Na liturgia atual da igreja Católica o passe também pode ser identificado na imposição de mãos dos padrinhos, em certos momentos das cerimônias de casamento e batismo. Vamos encontrá-lo, também, nos exorcismos e nas bênçãos de um modo geral.
Referência: 
O passe espírita. 5a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006..
O passe é sempre, segundo a visão espírita, um procedimento fluídico-magnético, que tem como principal objetivo auxiliar a restauração do equilíbrio orgânico do paciente. Por orgânico, aqui, entenda-se a estrutura completa do indivíduo – quando desencarnado, Espírito e perispírito; quando encarnado, corpo físico, duplo etérico, perispírito e Espírito. O passe tanto pode ser aplicado por um Espírito encarnado – pessoa viva –, quanto por um Espírito desencarnado, ou ainda, pela ação conjunta de um encarnado e um desencarnado. [...] Conforme veremos adiante, em determinados momentos teremos que proceder à retirada e, em outros, à concentração de fluidos, relativamente ao paciente. Estes dois tipos de ação é que vão caracterizar as duas etapas bem distintas que normalmente precisam ser executadas. Uma é a etapa de retirada de fluidos – geralmente denominada fase de dispersão – e a outra a do fornecimento de fluidos – fase de doação. Devemos começar sempre com a fase de dispersão – limpeza do campo fluídico do paciente – procurando retirar todos os fluidos deletérios que o envolvam e, só depois, iniciar a fase de doação de fluidos. Se essa seqüência for invertida, iremos, com certeza, nos desgastar inutilmente, pois vamos dispersar exatamente os fluidos que doamos. Essa regra básica jamais poderá ser ignorada: primeiro a dispersão e depois a imposição. Ao executarmos a dispersão como fase inicial do passe, estaremos também evi tando que os fluidos a serem doados na fase subseqüente venham a ser repelidos pelo envoltório fluídico do paciente, como decorrência da repulsão entre fluidos de natureza oposta – Lei Fundamental dos Fluidos. Esta fase merece, portanto, a máxima atenção. Após a doação não se deve proceder a quaisquer manobras que favoreçam a dispersão dos fluidos doados. É importante observar que, na fase de doação, os fluidos benéficos são apenas postos à disposição do paciente. Dizemos à disposição porque, de fato, rigorosamente falando, é isto que ocorre, pois a absorção desses fluidos poderá ou não se verificar. A absorção de fluidos depende de muitos fatores – alguns totalmente fora do controle do passista –, sendo que o mais significativo deles é, e sempre será, o estado de receptividade do paciente. Se ele se coloca na condição adequada de receptividade, irá absorver facilmente os fluidos que o passista colocou ao seu dispor. Em caso contrário, a absorção não se processará, ou será muito reduzida.
Referência: 
O passe espírita. 5a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006..
O passe é uma doação, e só se pode dar o que se possui; portanto, é fundamental que o passista goze de boa saúde, tanto do corpo físico quanto da mente. Verificado qualquer desequilíbrio orgânico ou psíquico, o serviço do passe deve ser interrompido de imediato, principalmente quando se tratar de processo obsessivo de qualquer natureza, ocasião em que o passista deve passar à condição de paciente. P Um outro aspecto que se deve salientar é que, num determinado momento, ou se está na condição de passista ou de paciente, não tendo, pois, sentido o hábito de alguns passistas que, após executada sua tarefa, buscam um colega para, por sua vez, receberem um passe. Se ele se apresenta enfermo ou debilitado após o trabalho, isto é sinal de que, provavelmente, não estava em condições de prestar o serviço, ou de não tê-lo feito de modo adequado. Isso não quer dizer que o passista não possa tomar um passe. Significa, sim, que, se essa necessidade realmente se verifica, é indicativa de que ele não se encontrava capacitado para o trabalho naquela ocasião e nada mais natural que recorra aos colegas de trabalho, em busca de auxílio. De qualquer forma, se essa necessidade se apresenta com freqüência, isso deve ser um alerta para que o passista mantenha-se mais vigilante com respeito às suas atividades físicas e psíquicas do dia-a-dia.
Referência: 
O passe espírita. 5a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006..
Em termos espíritas, passes tanto pode ser entendido como o conjunto de recursos de transferências fluídicas levadas a efeito com fins fluidoterápicos, como uma das maneiras pela qual se faz tais transferências. No primeiro caso, a imposição das mãos seria um dos recursos; no segundo, uma das maneiras.
Referência: 
O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática. 15a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004..
Passes [...] passagens que se fazem com as mãos por diante dos olhos de pessoa que se pretende magnetizar, ou sobre a parte doente da pessoa que se pretende curar por força mediúnica.
Referência: 
Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação. 20a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005..
O passe é um ato de amor na sua expressão mais sublimada. É uma doação ao paciente daquilo que o médium tem de melhor, enriquecido com os fluidos que o seu guia espiritual traz, e ambos – médium e benfeitor espiritual –, formando uma única vontade e expressando o mesmo sentimento de amor.
Referência: 
Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas. 16a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004..
[...] os passes, como transfusões de forças psíquicas, em que preciosas energias espirituais fluem dos mensageiros do Cristo para os doadores e beneficiários, representam a continuidade do esforço do Mestre para atenuar os sofrimentos do mundo.
Referência: 
Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito Emmanuel. 26a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006..
O passe é uma transfusão de energias, alterando o campo celular. [...] Na assistência magnética, os recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura necessitada para que ela ajude a si mesma. A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem, no templo do corpo. [...] O passe, como reconhecemos, é importante contribuição para quem saiba recebê-lo, com o respeito e a confiança que o valorizam.
Referência: 
Nos domínios da mediunidade. Pelo Espírito André Luiz. 32a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005..
Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o passe é uma transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório ilimitado das forças espirituais. [...] é a transmissão de uma força psíquica e espiritual, dispensando qualquer contato físico na sua aplicação.
Referência: 
O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 26a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006..
Ver também FLUIDOTERAPIA |