[...] A essência espiritual, que no mineral reside, não é uma individualidade, não se assemelha ao pólipo que, por cissiparidade, se multiplica ao infinito. Ela forma um conjunto que se personifica, que se divide, quando há divisão na massa em conseqüência da extração, e atinge desse modo a individualidade, como sucede com o princípio que anima o pólipo, com o princípio que aniE E Ema certas plantas. A essência espiritual sofre, no reino mineral, sucessivas materializações, necessárias a prepará-la para passar pelas formas intermédias, que participam do mineral e do vegetal. [...] Depois de haver passado por essas formas e espécies intermediárias, que se ligam entre si numa progressão contínua, e de se haver, sob a influência da dupla ação magnética que operou a vida e a morte nas fases de existências já percorridas, preparado para sofrer no vegetal a prova, que a espera, da sensação, a essência espiritual, Espírito em estado de formação, passa ao reino vegetal. [...] A existência material é então mais curta, porém mais progressiva. Não há nem consciência, nem sofrimento. Há sensação. [...] depois de haver passado, sempre em marcha progressiva, pelas necessárias e sucessivas materializações, percorre as formas e espécies intermediárias, que participam do vegetal e do animal. Só então, nestas últimas fases de existência, que são as em que aquela essência começa a ter a impressão de um ato exterior, ainda que sem consciência de sua causa e de seus efeitos, há sensação de sofrimento. Sob a direção e a vigilância dos Espíritos prepostos, o Espírito em formação efetua assim [...] o seu desenvolvimento com relação à matéria que o envolve e chega a adquirir a consciência de ser. Preparado para a vida ativa, exterior, para a vida de relação, passa ele ao reino animal. Torna-se então princípio inteligente. [...] Sempre em estado de formação [...] o Espírito, sem sair do reino animal [...] passa por todas as fases de existência, sucessivas e necessárias ao seu desenvolvimento e por meio das quais chega às formas e espécies, intermediárias, que participam do animal e do homem. [...] se é certo que o Espírito sustenta a matéria, não menos certo é que a matéria lhe auxilia o desenvolvimento. Depois de haver passado por todas as transfigurações da matéria, por todas as fases de desenvolvimento [...] o Espírito chega ao ponto de preparação para o estado espiritual consciente [...] em que cessa o instinto e começa o pensamento. [...]
Referência:
SANT’ANNA, Hernani T. Universo e vida. Pelo Espírito Áureo. 6a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - cap. 3