O esquecimento do passado é a condição indispensável de toda prova e de todo progresso. O nosso passado guarda manchas e nódoas. Percorrendo a série dos tempos, atravessando as idades de brutalidade, devemos ter acumulado bastantes faltas, bastantes iniqüidades. Libertos apenas ontem da barbaria, o peso dessas recordações seria acabrunhador para nós. A vida terrestre é, algumas vezes, difícil de suportar; ainda mais o seria se, ao cortejo dos nossos males atuais, acrescesse a memória dos sofrimentos ou das vergonhas passadas.
Referência:
DENIS, Léon. Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos. Trad. de João Lourenço de Souza. 25a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - pt. 2, cap. 14