Do ponto de vista espírita e conforme à verdade que a nova revelação vem pôr em foco aos olhos de todos, o Espírito Santo, de modo geral, não era e não é um Espírito especial; mas, uma designação figurada, que indicava e indica o conjunto dos Espíritos puros, dos Espíritos Superiores e dos bons Espíritos. É a falange sagrada, instrumento, na ordem hierárquica da elevação moral e intelectual, e ministra de Deus, uno, indivisível, eterno, infinito, que irradia por toda parte sem jamais se fracionar e cujas inspirações e vontades só os Espíritos puros recebem diretamente, para as transmitir aos Espíritos Superiores, e, por meio destes, aos bons espíritos, E E Eque, através da escala espírita, as fazem chegar até vós. É a falange sagrada que promove a execução e executa, de acordo com as leis gerais estabelecidas, imutáveis e eternas, as inspirações e a vontade de Deus nos planos físico, intelectual e moral, objetivando a organização, o funcionamento e a realização da vida e da harmonia universais, do universal progresso, na imensidade dos mundos mais ou menos materiais, mais ou menos fluídicos, de todos os universos; na infinidade dos Espíritos, quer errantes, quer fluídica ou materialmente encarnados, quer fluidicamente incorporados e investidos do livre-arbítrio; na multiplicidade de todos os seres, em todos os Reinos da Natureza. É a falange sagrada, verdadeira providência divina, executora, pelas vias hierárquicas de elevação moral e intelectual, na imensidade, nos mundos espíritas e em todos os planetas, inferiores e superiores, da justiça, da bondade e da misericórdia infinita de Deus, Pai de todos e de tudo o que existe.
Referência:
ROUSTAING, J.B. (Coord.). Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação. Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés. Trad. de Guillon Ribeiro. 7a ed. Rio de Janeiro: FEB, 1988. 4 v. - v. 1