[...] O Espiritismo [...] nada vem destruir, porque assenta suas bases no próprio Cristianismo; sobre o Evangelho, do qual não é mais que a aplicação. [...] É uma Doutrina puramente moral, que absolutamente não se ocupa dos dogmas E E Ee deixa a cada um inteira liberdade de suas crenças, pois não impõe nenhuma. [...] O Espiritismo repousa sobre a possibilidade de comunicação com o mundo invisível, isto é, com as almas. [...] Não é uma seita política, como não se trata de uma seita religiosa; é a constatação de um fato que não pertence mais a um partido do que a eletricidade e as estradas de ferro; é, insisto, uma doutrina moral, e a moral está em todas as religiões, em todos os partidos. [...] é a moral do Evangelho desenvolvida e aplicada [...]. [...] Tem impedido inumeráveis suicídios; restaurou a paz e a concórdia num grande número de famílias; tornou mansos e pacientes homens violentos e coléricos; deu resignação aos que não a tinham e consolações aos aflitos; reconduziu a Deus os que não o conheciam, destruindo-lhes as idéias materialistas, verdadeira chaga social que aniquila a responsabilidade moral do homem. [...] O Espiritismo, portanto, longe de ser o antagonista da religião, é o seu auxiliar; e a prova é que conduz às idéias religiosas os que as haviam repelido. Em resumo, jamais o Espiritismo aconselhou a mudança de religião, nem o sacrifício de suas crenças; não pertence particularmente a nenhuma religião, ou, melhor dizendo, está em todas elas.
Referência:
KARDEC, Allan. Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - Discurso de Allan Kardec durante o Banquete...
Ver também
Revelação espírita - Revelação espírita - Religião dos Espíritos - Religião dos Espíritos - CONSOLADOR - CONSOLADOR - Ciência Espírita - Ciência Espírita - DOUTRINA ESPÍRITA
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