[...] [Almas impuras] são aquelas em quem nunca despontou o desejo de purificar-se, de corrigir-se, de aperfeiçoar-se. [...] são aquelas que jamais se curvaram ao elevado princípio do desinteresse, aquelas que se constituíram o centro único de todos os seus desejos e de todas as suas idéias, aquelas que se consideram o objetivo de tudo o que existe e que somente procuram o meio de satisfazer suas paixões e seus sentidos, aquelas, enfim, em quem dominam o orgulho, o egoísmo, o amor-próprio, o interesse pessoal e querem, ao mesmo tempo, servir a dois senhores que se contradizem.
Referência:
DENIS, Léon. O porquê da vida: solução racional do problema da existência. 22a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. -