A 8 de março de 1869, no Grêmio dos Estudos Espiríticos na Bahia, Luís Olímpio anunciava aos confrades ali reunidos que em breve sairia a lume o primeiro número de um jornal “que se consagraria – esclarecia ele – exclusivamente aos interesses da Doutrina”. [...] Embora os “formidáveis embaraços que os maus Espíritos, sempre em campo, para provação do bem, procuraram opor à realização dessa idéia”, o dinamismo e o amor à Causa revelados por Olímpio Teles conseguiram vencer todos os obstáculos. Em julho de 1869, três meses após a desencarnação de Allan Kardec, o primeiro periódico espírita finalmente aparecia no Brasil: O Eco d’Além-Túmulo, com o subtítulo – Monitor do Espiritismo no Brasil, cuja publicação se fazia bimestralmente e que era impresso na tipografia do Diário da Bahia. A Sociedade Anônima do Espiritismo, de Paris, que então dirigia a conceituada Revue Spirite, agradece epistolarmente a Teles de Menezes, por seu secretário geral A. Desliens, a remessa do primeiro número do Eco, enaltecendo a coragem de tão abnegados espíritas do outro lado do Atlântico, elogiando sobremaneira o novo órgão de difusão da Doutrina, de 50 e poucas páginas. Na seção “Bibliographie” da Revue Spirite é registado em outubro de 1869 O Eco d’Além-Túmulo, e, em novembro do mesmo ano, extensa apreciação elogiosa, ocupando 4 páginas, é feita sobre a nova revista, com a citação de longo artigo extraído do Eco e vertido para o francês [...].
Referência:
WANTUIL, Zêus (Org.) Grandes espíritas do Brasil: 53 biografias. 4a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. - Teles de Menezes