[...] todos os Espíritos foram criados iguais [...], mas dotados de livre-arbítrio o qual, ainda que muito incipiente e ínfimo nesse momento, vai, pouco a pouco, diversificando, desigualando esses seres espirituais recém-criados [...]. Daí o se aperfeiçoarem uns mais rapidamente do que outros, o que lhes dá aptidões diversas. [...] Essas aptidões, diferenciadas em grau e natureza, pro vocam, por sua vez, maior ou menor poder ou capacidade de aquisição ou de produção de bens (o homo faber). Pelo trabalho pessoal, estaria assim legitimada a propriedade desses recursos em quantidade e qualidade, e diferenciados de um para outro indivíduo componente do grupo social (tribo, clã, etc.). É a desigualdade social primordial, ou quase primordial.
Referência:
LOMBROSO, César. Hipnotismo e mediunidade. Trad. de Almerindo Martins de Castro. 5a ed. Rio de Janeiro: FEB, 1999. -
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