[...] Isolado do corpo, o Espírito de um vivo pode, como o de um morto, mostrar-se com todas as aparências da realidade. [...] pode adquirir momentânea tangibilidade. Este fenômeno, conhecido pelo nome de bicorporeidade, foi que deu azo às histórias de homens duplos, isto é, de indivíduos cuja presença simultânea em dois lugares diferentes se chegou a comprovar. [...] Tem, pois, dois corpos o indivíduo que se mostra simultaneamente em dois lugares diferentes. Mas, desses dois corpos, um somente é real, o outro é simples aparência. Pode-se dizer que o primeiro tem a vida orgânica e que o segundo tem a vida da alma. Ao despertar o indivíduo, os dois corpos se reúnem e a vida da alma volta ao corpo material. Não parece possível, pelo menos não conhecemos disso exemplo algum, e a razão, ao nosso ver, o demonstra, que, no estado de separação, possam os dois corpos gozar, simultaneamente e no mesmo grau, da vida ativa e inteligente. [...]
Referência:
KARDEC, Allan. O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores. Trad. de Guillon Ribeiro da 49a ed. francesa. 76a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - it. 119 e 121
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