U Então, Bezerra de Menezes, sentindo a importância e a gravidade do problema que se desenvolvia arbitrariamente, aqui e ali, capacitou-se da imprescindibilidade de uma nova unificação do comportamento espírita, naturalmente seguindo a linha sensata e segura do Codificador, nos difíceis tempos da luta pela estabilização da Doutrina, em setores ainda pouco preparados para alcançar a significação da desejada homogeneidade da ação espírita, quer nos trabalhos práticos ou experimentais, quer nas tarefas de doutrinação e evangelização. Desde aí, o Espiritismo brasileiro compreendeu, acompanhando o raciocínio superior de Bezerra de Menezes, que a unificação, indiscutivelmente indispensável e urgente, teria de ser, não um serviço de emergência, transitório, mas um trabalho de caráter permanente, contínuo, destinado a se desenvolver de acordo com as necessidades presentes e futuras, porquanto, além de receber sempre novos contingentes de adeptos, inscientes e carentes de orientação, teria de estimular e ajudar àqueles que, vindo de outros credos, se encontrassem, ainda que inconscientemente, apegados a praxes e costumes diversos, e a outros, mais antigos, que, não havendo ainda assimilado completamente o espírito da Doutrina, pensassem, de boa-fé, mas erroneamente, em introduzir novidades, convencidos de laborarem para o bem da causa por eles abraçada.
Referência:
MENDES, Indalício. Rumos Doutrinários. 3a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - Ser ou não ser, eis a questão
Ver também
ORGANIZAÇÃO FEDERATIVA - ORGANIZAÇÃO FEDERATIVA
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