Nem todos os massacrados durante os dias terríveis de São Bartolomeu seriam Espíritos abnegados e heróicos que voluntariamente se deram ao martírio por amor ao Evangelho. Muitos outros – e foram a maioria – sofreram a expiação e o resgate de perseguições que, por sua vez, infligiram ao próximo, em épocas diferentes. A tragédia de São Bartolomeu constituiu calamidade social que se prolongou no além-túmulo e cujas conseqüências ainda hoje perduram porque repercutem na sociedade terrena atual, sob dolorosos resgates e reabilitação daqueles que nela tiveram participação, e dos que, vítimas que não souberam perdoar, dos algozes de ontem se vingaram através das reencarnações, criando climas dramáticos para suicídios, obsessões, desastres, etc., amarguras profundas e insolúveis pelas forças humanas, para cada um em particular e para as sociedades da Terra e do Invisível. Alguns desses delinqüentes, integrados hoje nas claridades da Terceira Revelação, como reencarnados, reconstroem o que naquela época destruíram.
Referência:
PEREIRA, Yvonne A. Nas voragens do pecado. Pelo Espírito Charles. 10a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. -