[...] O suicida é um espírito soberbo e calceta que, na impossibilidade de atingir o fulcro da Divindade que lhe não permite continuar semeando destruição, alucinado pelas ambições crescentes e selvagens, se destrói, tentando, desse modo, alcançar o Sumo Espírito da Vida. Odiento e infeliz, arroja-se, porém, nos mais fundos despenhadeiros, cujo anteparo não consegue encontrar, experimentando inominável dor, enquanto perdurem as novas impressões que se lhe adicionam às angústias das quais desejou fugir e que o enlouquecem, sem roubar-lhe a consciência da própria insânia.
Referência:
FRANCO, Divaldo P. Párias em redenção. Pelo Espírito Victor Hugo. 7a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. - L. 2, cap. 1