Os sexos continuam na vida do além-túmulo. Os Espíritos não se reproduzem, pois não há organização genésica masculina e feminina para a fecundação e a gravidez, mas o sexo não é somente união fisiológica e reprodução da espécie. Sexo é muito mais a força de atração, o desejo acalentado, a afeição mútua, a emoção experimentada, a troca incessante de vibrações simpáticas, a permuta de qualidades próprias de cada sexo, a necessidade íntima do estímulo revitalizador, a euforia interior pela convivência pacífica e construtiva ante uma alma feminina e uma masculina, seja na vida corpórea ou na vida espiritual. As almas masculinas e femininas não podem ter filhos como na vida terrestre, mas não deixam de se amar, de se unir pelos laços de simpatia, de praticar o namoro e o noivado e realizar o matrimônio no plano espiritual. [...] O Espírito acentuadamente feminino continua com todos os pendores maravilhosos da mulher terrestre e muita vez mais belos; e o Espírito marcadamente masculino permanece com todas as características do homem humano, porque a vida continua, após a morte do corpo, muito mais por dentro de cada um. O sexo está guardado na mente e se expressa através dos impulsos e manifestações. As características intrínsecas da alma são muito mais importantes do que as que a organização física temporariamente lhes confere, pois são as que vão perdurar na vida espiritual. [...]
Referência:
BARCELOS, Walter. Sexo e evolução. 3a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - cap. 15