O sexo é departamento divino para a preservação da vida na Terra. Ínsito em todas as criaturas, o mecanismo da reprodução é comandado pela Mente Suprema, que gera automatismos iniciais até o momento da conquista da razão, na Humanidade, quando o discernimento estabelece a ética do comportamento saudável para a dignificação dos seres, arrancando-os dos impulsos meramente instintivos para as eleições do amor, em ascese transcendente. Face às finalidades elevadas a que se destina, quais a encarnação e as reencarnações, a permuta de hormônios físicos e psíquicos, a união dos sentimentos e a fixação dos afetos, quaisquer desrespeitos às suas finalidades superiores tornam-se fatores de desequilíbrios, de desajustes, de perturbações, gerando ódios inomináveis, rudes embates, sofrimentos dolorosos, seqüelas espirituais demoradas... No sexo encontram-se as matrizes de muitos fenômenos que se transferem de uma para outra existência, atando ou libertando os Espíritos conforme a pauta da utilização que se lhe faculte. Dessa forma, quanto mais lúcido o ser, mais responsável se torna pela função, conduta e exercício sexual. lnfelizmente, em razão do prazer que proporciona, em todas as épocas e hoje, particulamente, o sexo tem sido instrumento de viciações ignóbeis, de explorações sórdidas, de crimes inimagináveis, tornando-se veículo de promoção social, comercial, artística e cultural, com graves e imprevisíveis conseqüências. Combatido tenazmente pelos preconceitos religiosos durante mais de mil anos, liberou-se enfim sob o estandarte das conquistas humanas, porém envilecendo-se, corrompendo-se, exaurindo vidas e se transformando em fator essencial a que quase todos aspiram. Conduzido corretamente e dignificado pelo amor, torna-se fonte de alegria, gerando felicidade, harmonizando e produzinho beleza ao lado das criações que proporciona.
Referência:
FRANCO, Divaldo P. Trilhas da libertação. Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda. 7a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - Sexo e responsabilidade