É a afeição santificada, e a alma está enriquecida pela luz do entendimento. Sabe ceder em qualquer circunstância, vivendo o silêncio para dignificar e elevar bem alto o amor e a verdade em Deus. Nunca espera recompensa. Entre os espinhos da incompreensão, crueldade e abandono, vive a alegria interior de cumprir com os seus sagrados deveres, em obediência à vontade de Deus. O coração que renuncia cede de si mesmo, para que a liberdade dos entes queridos não sofra prejuízo de qualquer procedência. Possui a doce caridade de compreender a criatura amada, não somente a entende em suas lutas, dificuldades e imperfeições, mas procura ampará-la pelo desprendimento de seus próprios desejos, percebendo que a alegria, a paz e a felicidade do cônjuge são o seu próprio bem. Não dispensa o uso da energia e da firmeza para se manter nos princípios elevados, dentro dos padrões morais do Evangelho de Jesus. O ponto máximo da renúncia é o começo do sacrifício.
Referência:
BARCELOS, Walter. Sexo e evolução. 3a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - cap. 22
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