Cada qual, a seu modo, desempenha o seu papel no concerto das coisas: aquele, por exemplo, que despende um talento consciencioso em sustentar uma doutrina errônea, é, às vezes, um sim ples agente inconsciente dos desígnios da Providência; em vez de ocultar a verdade, como parecia fazê-lo, suas obras servem, muitas vezes, a preparar-lhe as veredas e assegurar-lhe o triunfo.
Referência:
GIBIER, Paul. Análise das coisas: ensaio sobre a ciência futura e sua influência certa sobre religiões, filosofias, ciências e artes. Trad. de T. 6a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - cap. 1