[...] movido em Paris, pelo Ministério Público, contra Buguet, Firman e, também [...], Pierre-Gaëtan Leymarie. [...] O Procès des Spirites é algo tenebroso, autêntica peça inquisitorial só concebível de ter existido nos distantes tempos da Idade Média. As próprias autoridades judiciais se permitiram dialogar de forma desrespeitosa com os acusados, avançando conclusões e, mesmo, desvirtuando informações, com o intuito indisfarçado de prejulgar. Nem sequer a viúva Allan Kardec, que prestou declarações como testemunha intimada a comparecer a interrogatório, teve o tratamento devido aos seus cabelos brancos, conforme protesto verbal, na hora, e escrito, que exigiu fosse exarado nos autos respectivos.
Referência:
WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco. Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação. Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980. 3 v. - v. 2, cap. 1, it. 6