Sabe-se que as melhores comunicações são obtidas em reuniões pouco numerosas, sobretudo naquelas em que reinam harmonia e comunhão de sentimentos. Ora, quanto maior for o número, mais difícil será a obtenção dessa homogeneidade. [...] Ao contrário, os pequenos grupos serão sempre mais homogêneos; as pessoas se conhecem melhor, estão mais em família e podem ser mais bem admitidas as que desejamos. E, como em última análise, todos tendem para um mesmo objetivo, podem entender-se perfeitamente e haverão de entender-se tanto melhor quanto não haja aquele melindre incessante, que é incompatível com o recolhimento e a concentração de espírito. Os maus Espíritos, que buscam incessantemente semear a discórdia, ferindo suscetibilidades, terão sempre menos domínio num pequeno grupo do que num meio numeroso de heterogêneo. Numa palavra, a unidade de vistas e de sentimento nele será mais fácil de estabelecer. A multiplicidade dos grupos tem outra vantagem: a de obter uma variedade muito maior de comunicações, pela diversidade de aptidão dos médiuns. [...] [...] Há, pois, um duplo motivo para preferir os pequenos grupos, que podem multiplicar-se ao infinito. Ora, vinte grupos de dez pessoas, por exemplo, indiscutivelmente obterão mais e farão mais prosélitos que uma reunião única de duzentas pessoas.
Referência:
KARDEC, Allan. Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - Resposta de Allan Kardec durante o Banquete...
Ver também
GRUPOS PARTICULARES
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