Para executar o passe transversal, o passista deve posicionar as mãos, abertas com naturalidade, uma em cada lado do paciente, e depois deslocá-las simultaneamente, com um movimento rápido, de modo que primeiro se aproximem e depois se afastem uma da outra. As mãos devem descrever movimentos em arcos de circunferência que podem ou não se cruzar no centro [...]. Durante o movimento é sempre preciso mentalizar que se está a recolher, com as mãos, os fluidos agregados ao organismo do paciente. Ao atingir o ponto final do movimento, deve-se fechar as mãos e proceder às manobras de descarga fluídica já descritas no passe longitudinal. O passe transversal é de natureza dispersiva e deve ser utilizado como complemento ao passe longitudinal, podendo ser executado antes ou depois dele. Aqui também vale a recomendação de que se deve repetir os movimentos procurando percorrer todo o corpo do paciente. Alguns autores denominam de passe transversal cruzado aquele em que os arcos descritos pelas mãos do passista se cruzam, e de passe transversal simples aquele em que eles não se cruzam. Há, também, quem chame o passe transversal de passe circular. Uma variação do passe transversal é aquele em que as mãos não descrevem arcos e sim retas horizontais, isto é, as mãos apenas se aproximam e depois se afastam seguindo o mesmo caminho. [...] A imposição de mãos é um ótimo passe com vistas à doação de fluidos. Pode ser usado sobre qualquer região do corpo do paciente, embora em geral apresente-se mais eficiente quando aplicado sobre os centros vitais, já que estes são as regiões por excelência de absorção e distribuição de fluidos no organismo.
Referência:
GURGEL, Luiz Carlos de M. O passe espírita. 5a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. - pt. 3, cap. 2