Orar é testificar a harmonia e o equilíbrio que pairam em todo o Universo e louvar a onisciência de seu Autor. Orar é perceber a magnanimidade indefectível e onipresente do Criador e sensibilizar-se ante as benesses que Ele distribui, fartamente, a todos os seres da Criação. Orar é reconhecer nossa fraqueza e pequenez e procurar arrimo e fortaleza em quem é todo-poderoso. Orar é confessar nossa indigência de virtudes e exaltar aquele que é o detentor de todas as perfeições. Orar é implorar ao Supremo Juiz perdão pelos males e sofrimentos que, consciente ou inconscientemente, causamos a nossos semelhantes. Orar é imprecar a proteção divina, a fim de que sejamos bem sucedidos em nossos empreendimentos. Orar é volver ao Pai Santíssimo nosso pensamento, agradecido, sempre que nos advenha uma alegria ou felicidade. Orar é suplicar, ao Alto, paciência e resignação para bem suportarmos as dores e vicissitudes da existência terrena. Orar é render graças ao Senhor da Vida quando nos aconteça escapar de um perigo de morte. Orar é, ainda, invocar o socorro e as bênçãos do Céu em favor de irmãos nossos que se acham necessitados ou em aflição. Mas... a melhor oração, a mais eloqüente, a mais legítima, a mais agradável a Deus, é antes e acima de tudo aquela que se traduz em atividade, em cooperação, em sacrifício.
Referência:
CALLIGARIS, Rodolfo. Páginas de Espiritismo cristão. 4a ed. Rio de Janeiro: FEB, 1993. - cap. 37