[...] a atenção redunda no aumento de capacidade motomuscular, ao passo que diminui o tempo de reação. Quando, voluntariamente, concentramos o pensamento numa coisa que desejamos recordar, enviamos na sua direção uma série de influxos sucessivos, que objetivam dar ao movimento perispirítico o mesmo período vibratório que ele tinha, pode dizer-se, um tanto mais fraco, no momento em que fora registrado, isto é, percebido. Essa repetência de excitação, provocando, por superatividade funcional, uma espécie de congestionamento do órgão material, produz, abaixo mesmo dos limites da consciência, uma espécie de atenção passiva. Depois de uma série de excitações da mesma intensidade, com exclusão das primeiras, naturalmente insensíveis, a recordação torna-se nítida, muito embora momentos antes a lembrança não existisse.
Referência:
DELANNE, Gabriel. A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo. Trad. de Manuel Quintão da 2a ed. francesa. 11a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - cap. 4