Interferindo no processo cruel da praça pública, em defesa da mulher desprotegida e desesperada que lhe solicitara apoio e salvação, Jesus não levantou os braços, não gritou, não usou a força física e nem manipulou um grupo de comandados para usar a violência contra a turba enlouquecida, mas simplesmente enviou uma mensagem de luz, para que as mentes masculinas compreendessem as próprias deficiências e fraquezas morais. Usando somente sua autoridade moral, fez uma indagação amorosa que penetrou profundamente na consciência de cada um, estimulando-os a efetuarem uma auto-análise de sua conduta na qual descobriram falsidades, deserções e negações, compenetrando-se de suas próprias deficiências. A mulher adúltera naquele momento simbolizava a Humanidade inteira. Jesus nos concitava a pensar em nossas próprias imperfeições, fraquezas e faltas, principalmente quanto à nossa sexualidade. [...]
Referência:
BARCELOS, Walter. Sexo e evolução. 3a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - cap. 7