[...] a palavra magnetismo tem sido usada, através dos tempos, com pelo menos dois significados bem diferentes. De um lado, temos o significado atribuído pela Ciência oficial; do outro, o utilizado nos tratados espiritualistas. A Ciência usa o termo magnetismo para designar certos efeitos produzidos pelas cargas elétricas quando em movimento. A atração entre ímã e ferro é um exemplo. Os espiritualistas entendem magnetismo como o produto das exteriorizações da mente, muito embora também admitam a possibilidade de sua produção a partir de outras estruturas menos complexas. Neste último caso as emanações magnéticas seriam, em conseqüência, menos elaboradas. [...] Embora já no século XV se falasse em “simpatia magnética”, foi somente nos séculos seguintes, principalmente com Van Helmont e Mesmer, que se tornou mais generalizado o interesse a respeito do magnetismo. Van Helmont, no século XVII, foi quem primeiro utilizou a expressão “magnetismo animal”, e Mesmer teve tão destacada influência sobre o magnetismo que muitas vezes se confundem os termos magnetismo e mesmerismo, embora o mesmerismo seja na realidade o conjunto das idéias de Mesmer sobre o magnetismo e não o magnetismo propriamente dito. [...] Sob a forma do passe, o magnetismo é, hoje, largamente utilizado, principalmente nas casas espíritas. Na liturgia atual da igreja Católica o passe também pode ser identificado na imposição de mãos dos padrinhos, em certos momentos das cerimônias de casamentos e batismo. Vamos encontrá-lo, também, nos exorcismos e nas bênçãos de um modo geral.
Referência:
GURGEL, Luiz Carlos de M. O passe espírita. 5a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. - pt. 2, cap. 1