dos fluidos [...] Em A Gênese [cap. 14] vamos encontrar: “Os fluidos se unem em razão da semelhança de sua natureza; os fluidos dissemelhantes se repelem; há incompatibilidade entre os bons e os maus fluidos, como entre o azeite e a água.” L L Assim, em outras palavras, podemos dizer que: Fluidos do mesmo tipo se atraem e fluidos de tipos opostos se repelem. A esta assertiva passaremos a denominar lei fundamental dos fluidos. Se meditarmos um pouco vamos observar que a lei fundamental dos fluidos, conforme acima apresentada, é de uma sabedoria realmente superior. Veja-se que se o nosso espírito é levado, por exemplo, a emitir vibrações magnéticas de harmonia, através de uma ação consciente ou não, estas vibrações irão agir sobre o fluido cósmico universal, que estamos continuamente a absorver, modificando-o, de modo a produzir fluidos polarizados em harmonia. Através deste mecanismo, colocamo-nos na condição de verdadeira fonte de fluidos de harmonia. Esses fluidos, liberados pelo nosso organismo, vão se acumulando em torno de nós e, ao cabo de alguns momentos nos envolverão completamente. Neste estado, em vista da lei fundamental dos fluidos, passaremos a atrair outros fluidos de harmonia – mesmo tipo – existentes no ambiente. De modo análogo ocorrerá quando as vibrações magnéticas originadas do nosso espírito forem, por exemplo, de ódio, inveja, ou qualquer outro sentimento. Assim conclui-se que somos bombardeados, inexoravelmente, pelo mesmo tipo de fluido que estamos a emitir. Em resumo, ao nos colocarmos na condição psíquica necessária para produção de um determinado tipo de fluido, estaremos nos colocando, também, na condição vibratória própria para atrair, e absorver, aquele mesmo tipo de fluido. Este é um exemplo perfeito que serve para demonstrar a ação da lei de causa e efeito, pois estaremos recebendo exatamente aquilo que estamos a dar, inclusive na mesma intensidade. [...] Mesmo reconhecendo o papel que o pensamento desempenha nas movimentações de fluidos, não devemos esquecer que, em todas situações imagináveis, a lei fundamental dos fluidos estará presente e em razão dela é que muitas vezes os maiores esforços mentais para deslocar fluidos podem mostrar-se totalmente infrutíferos. Um exemplo disso é o caso de alguém que pretenda deslocar fluidos deletérios com o objetivo de atingir uma outra pessoa, estando esta última bem equilibrada e a produzir fluidos opostos. Os fluidos deletérios endereçados serão automaticamente repelidos sem atingi-la, e provavelmente não deixarão qualquer vestígio de sua passagem.
Referência:
GURGEL, Luiz Carlos de M. O passe espírita. 5a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. - pt. 2, cap. 2